A Doce Fabriqueta surgiu do sonho de Kézia Chaves de agradar vários paladares.
Kézia Chaves de
36 anos é cozinheira, confeiteira, culinarista e barista. Mãe de três filhos e blogueira
do “Nossa Visão de Mamãe”. Por
muito tempo foi dona de uma empresa chamada Finger Food, que atendia clientes
na proximidade de seu bairro. A rotina atarefada, e outros afazeres fizeram com
que Kézia deixasse a cozinha por um tempo. Porém a cozinha sempre foi sua
paixão e apesar de ela não contar na entrevista, revelo para vocês, ela adora
levar vários pratos diferentes todos os domingos na Igreja.
Abrir a Doce Fabriqueta é só um dos objetivos de Kézia que sonha em abrir um café charmoso, cheio de sua personalidade, para além de servir um bom café e chocolate quente, todos poderem desfrutar de suas deliciosas receitas.
Não podia deixar
de entrevistar esta referência de mulher e mãe para mim e compartilho com vocês
um pouquinho do que conversei com ela. Não para por ai, vai ter vídeo.
TGCOMUNICA - A Kézia é uma mulher de 36 anos, mãe de três
filhos e pau para toda obra, encontra tempo onde não tem para fazer tudo. Como
lidar com a pressão de ser mãe e profissional ao mesmo tempo?
Kézia Chaves:Tati é muito difícil sim. Mas eu não sou diferente de ninguém, preciso
dar conta. Claro que eu adapto tudo, minhas noites de sono são mais
curtas, tenho que fazer render meu minuto, como se fossem três minutos e
precisei aprender a dizer mais não do que sim. Embora eu me adapte a minha
realidade, meus filhos continuam sendo crianças comuns, que adoecem, fazem
birra, estudam, crescem e tal. Mas, cabe a mim, definir a prioridade de cada
dia e crer que é o correto.
TGCOMUNICA - Como surgiu a ideia de abrir a Doce Fabriqueta? E como funciona seu
negocio? Quais serviços você oferece?
Kézia: A Fabriqueta era a Finger Food, eu atendia o bairro onde moro e parei
para trabalhar como encarregada em uma padaria. Lá, além de aprender muito,
consegui melhorar muito do que já tinha comigo. Tive o apoio de profissionais
espetaculares, que pacientemente me ajudavam, ensinavam me apresentavam coisas
novas e me deram o alicerce do que sou hoje. Depois disso, trabalhei como
assessora de uma cantora, soprano em SP. Mas a maternidade exigiu mais de mim,
do que o de costume e eu tive que refletir e decidi voltar com a atividade de
atender o bairro. Eu faço bolos de tabuleiro e docinhos de festas. Receitas
elaboradas por mim ou readaptadas.
Bolo de Churros da Doce Fabriqueta da Kézia |
TGCOMUNICA - Pretende expandir a Fabriqueta e talvez servir
refeições?
Kézia: Refeições talvez não, mas abrir meu café, bem charmoso. Servindo bolos
de banana com chocolate quente, e tal.
TGCOMUNICA - Além da Doce Fabriqueta também é blogueira no Nossa Visão de Mamãe, como dividir o
tempo entre ser blogueira e empreendedora?
Kézia: O blog para mim é um momento de desabafo. Lá as pessoas que de alguma forma sofrem com a maternidade, encontrarão em mim uma pessoa igual a elas, mas com coragem de falar a real. Nem todas tem coragem de dizer que em algum momento de suas vidas tiveram vontade de sumir, mas quase todas já sentiram essa vontade. (risos) Encaro a Fabriqueta como profissão, com hora de iniciar os trabalhos e de encerrar. Por isso, consigo manter ambos.
TGCOMUNICA - Como surgiu a paixão pela culinária e confeitaria? Além de que adora
inovar nas receitas colocando uma pitada do seu amor. Como consegue?
Kézia: Eu sempre observei vozinha encostada na mesa cozinhando ou comendo. Ela sempre deixou que eu ficasse por perto, perguntando, analisando, cheirando e provando. Então de fato, minha meta é ser como ela. (risos). O feijão de vozinha era espetacular, o peixe tinha um sabor tão perfeito e o mingau que ela fazia pra mim de manhã. Sabe? Diferente dela que amava fazer comida, eu creio que o mais forte em mim é a parte da sobremesa, confeitaria, bebidas quentes, isso pensando profissionalmente, porque eu amo cozinhar em todos os aspectos. A única coisa que não me vejo cozinhando é fritura, tipo coxinha, bolinha de queijo, não porque não goste dessas coisas, mas porque não gosto de preparar esse tipo de fritura.
Kézia gosta de cozinhar principalmente para os filhos. Palha Italiana preferida do filho. |
TGCOMUNICA - Dentro da cozinha e confeitaria o trabalho é agradar o paladar das
pessoas, porém algumas pessoas costumam ser chatas para comer, não gostam de
coisas simples de uma receita. Como lidar com esta adversidade?
Kézia: Olha, em pouco tempo, já readaptei o cardápio. Não pela opinião isolada de algum cliente, mas pelo comercial mesmo, o que não vende não tem que continuar, mas sim, dar espaço para o que é mais comercial. Como culinarista, cozinheira, quituteira, confeiteira, o que você desejar me chamar, eu não posso ter vaidade. Meu maior desejo deve ser servir. O que me incomoda de fato são os chatos para comer que já torcem o nariz sem ao menos conhecer a comida que lhe é oferecida ou aquelas pessoas que comem com cara de nojo. Sabe? Parece que está colocando cocô na boca. Meu, sentou a mesa, abra a boca e coma, sinta o sabor, sinta o aroma do café, do chá, perceba o doce natural da fruta e pronto, seja feliz.
TGCOMUNICA - É cada vez mais comum às pessoas nascerem ou
desenvolverem intolerâncias alimentares, como glúten e lactose e algumas
pessoas têm intolerância até com ovo. É possível inovar e fazer receitas para
pessoas intolerantes e como trabalhar com isso?
Kézia: Sim, nossa alimentação hoje em dia é altamente inflamatória. O exagero,
a urgência e a preguiça no preparo da comida nos trouxeram uma indústria
alimentar totalmente despreocupada com nossa saúde. O que comemos hoje, muitas
vezes são comidas que nem deveríamos oferecer como ração aos animais. Esse
problema secular fez crescer o número de profissionais preocupados em percorrer
o caminho contrário. Para mim o grande exemplo é Jamie Oliver, que além de
cozinhar muito bem, ele lembra que as melhores comidas são as que preparamos
com nossas mãos. Mas, sobre os diabéticos, celíacos e outras pessoas que
realmente apresentam problemas mais graves, podem sim comer bem, devem comer
bem, mas sempre com cuidados muito maiores que o de costume. Não creio que meus
produtos atendam a esses clientes. Mas hoje isso já não é algo impossível,
antes o celíaco tinha que se virar em casa, agora existe muito produto disponível
que os atende. Informar-se é muito importante, parte das doenças que nos
acometem, é fruto de falta de informação.
O que acha deste? |
TGCOMUNICA - Quais seus sonhos? E deixe uma mensagem para o mundo.
Kézia: Eu sonho pouco. Como mãe, eu apenas quero que, outras crianças sejam
criadas com a mesma dignidade que meus filhos são. Aqui em casa não há luxo, há
dignidade. Se eu posso deixar uma mensagem de alerta ao mundo seria; “Tire a
palavra janta de seu vocabulário, o certo é jantar. Não use o palito de petisco
(Gina) para palitar os dentes, apenas
os escove e use fio dental após as refeições". (risos) Brincadeira. Acho
que tem que ser algo mais profundo. "Não se esqueça de que você é
exemplo para as crianças e isso inclui seu cardápio."
7 comentários
Click here for comentáriosParabéns Kézia Chaves pela coragem e iniciativa. Continue assim, já experimentei seus doces e são maravilhosos. Super indico!!!!
ReplyParabéns Kézia Chaves pela coragem e iniciativa. Continue assim, já experimentei seus doces e são maravilhosos. Super indico!!!!
ReplyObrigada Vivian! Amo voces.
ReplyGostei bastante da entrevista e da história. É muito bom acompanhar a evolução!
ReplyAnsiosa pra experimentar os doces novos! :D
Beijos,
Priscilla Rocha
Esse bolo de chocolate está coisa de louco. Precisa vir.
ReplyMamãe KEZIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Parabéns! Podemos divulgar essa materia em nossa pagina?
ReplyLógicooooo! Muito obrigada!
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